Geo presente como painelista na COP28 em Dubai

December 4, 2023

Projeto inédito do setor cerâmico brasileiro para uso de biometano foi apresentado na COP 28

Projeto inédito para o uso do biometano pela indústria brasileira de revestimento cerâmico, com a meta de suprir 50% da demanda energética do polo do estado de São Paulo até 2030, foi apresentado, na COP 28 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), no último domingo, dia 03 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes. O case foi abordado no painel “Desfossilização a partir da economia circular: a contribuição do biogás para a transição energética no Sul Global”.
O setor cerâmico brasileiro sempre esteve à frente nas questões de sustentabilidade, sendo reconhecido como produtor de uma das cerâmicas mais verdes do mundo. O programa de substituição do gás natural pelo biometano, com o combustível para os fornos das indústrias brasileiras é mais uma etapa nesta trajetória, sendo objeto de acordo, em março de 2023, entre os setores cerâmico e sucroenergético. O ato ocorreu em Santa Gertrudes, no interior do Estado de São Paulo.
Inicialmente, o projeto-piloto entrará em operação em 2025, contemplando dez plantas consumidoras do polo fabril localizado no entorno desse município. Nacionalmente, poderá abastecer também as fábricas de Santa Catarina e do Nordeste, além de outros segmentos que poderão aderir à jornadade transição energética utilizando-se do mesmo modelo.
São signatárias do acordo as seguintes entidades: Anfacer (Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para Revestimentos, Louças Sanitárias e Congêneres); APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool), parceiro tecnológico no projeto; Aspacer (Associação Paulista das Cerâmicas para Revestimento) e Sindiceram (Sindicato das Indústrias de Cerâmica - Criciúma). Há, ainda, participação da empresa Geo bio gas&carbon e do Senai Nacional.
O projeto foi apresentado na COP28 por Benjamin Ferreira Neto, vice-presidente do Conselho de Administração da Anfacer e da Aspacer; Flávio Castellari, diretor-executivo do APLA; Isabela Bolonhesi, head de Meio Ambiente, Sustentabilidade e ESG da Geo bio gas&carbon; e Eduardo de Miranda, diretor de Negócios e Empreendedorismo do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), com mediação de Luciana Furtado, analista de Gerência do Agronegócio da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
O programa evidencia o potencial do Brasil para a produção e uso de biogás. Segundo a Abiogás (Associação Brasileira de Biogás), o País deverá atingir a produção de 30 milhões de Nm³/dia (metro cúbico normal por dia) de biogás até 2030. Tal volume poderá atender parte da demanda brasileira atualmente suprida pelo diesel, em torno de150 milhões de Nm³/dia. Já estão estabelecidas seis plantas autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a operar, com capacidade de aproximadamente 450 mil Nm³/dia. Hoje, a capacidade de produção ainda é inferior a 2% do potencial.

Nova etapa na redução da pegada de carbono
A Anfacer já havia participado da COP26, em Glasgow, na Escócia, apresentando projeto setorial de preservação do meio ambiente. “Estamos contentes em voltar à Conferência da ONU, agora com um projeto pioneiro ‘made in Brazil’. A transição da matriz energética promoverá a sustentabilidade e reduzirá ainda mais nossa pegada de carbono, ao tempo que processa o combustível do biogás a partir de resíduos orgânicos das usinas de açúcar e álcool. É o chamado pré-sal caipira, do Brasil para o mundo”, salienta Benjamin Ferreira Neto.
Ele abordou o uso paulatino do biometano nos fornos das indústrias cerâmicas, sempre engajadas na busca em ampliar o grau de sustentabilidade social e econômica, com respeito ao meio ambiente. “Importante lembrar que, em uma década, nosso setor, protagonista no mercado global e que produz uma das cerâmicas mais verdes do mundo, evitou a emissão de 4,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, com a adoção do gás natural. Agora, com o biometano, podemos ampliar esse avanço e contribuir para o debate global de descarbonização”, completa.
Flávio Castellari, diretor-executivo do APLA, exalta a decisão do governo brasileiro de reconhecer o pioneirismo do case na conferência do clima. Também reitera a união bem-sucedida dos setores para discutir a transição energética, planejar e mostrar ao mundo que existe no mercado para novas soluções.

“Nossa parceria foi muito importante porque criou um mercado superior a um milhão de metros cúbicos de biogás por dia, mostrando a confiança que a indústria cerâmica depositou na tecnologia e produção, com condições de atender em grande escala. É um projeto que pode ser decentralizado. Onde houver usina, conseguimos produzir o biogás e distribuí-lo. Estamos começando a trabalhar em outros polos de cerâmica, não apenas em Santa Gertrudes. Queremos mostrar ao mundo que projetos como o nosso são escalonáveis e replicáveis, já que existem mais de 100 países que trabalham a cana-de-açúcar em grande escala”, afirma Castellari.

O programa demonstra na prática que é possível usar os resíduos da cana-de-açúcar, com tecnologia de ponta e aprovada, para produzir biogás em grande escala. A integração multidisciplinar dos players é exemplo de que, quando existe diálogo e planejamento, a transição energética é factível e encontra no Brasil um celeiro de oportunidades para novos negócios.
Na avaliação de Alessandro Gardemann, CEO da Geo bio gas&carbon, o projeto de biometano na indústria cerâmica é um marco na transição da indústria brasileira para uma economia de baixo carbono. “O setor sempre foi parceiro da transformação energética no nosso país. Essa iniciativa eleva sua competitividade, colocando-o em consonância com normas internacionais e abrindo portas para que outros segmentos industriais também adotem soluções que agreguem valor e descarbonizem sua produção”. Para Gardemann, além de encorajar a economia circular e reduzir o impacto de emissões de gases de efeito estufa, ouso de biometano pela indústria e a união dos hubs sucroenergético e de cerâmica reforçam o protagonismo do Brasil no uso de biocombustíveis.

É possível assistir ao painel no canal da Apex Brasil, no YouTube, no link: https://www.youtube.com/watch?v=yg6HO02DeVk
23 de abril de 2025
GEOMIT and Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) have signed a Memorandum of Understanding (MOU) to jointly develop commercial-scale biogas and biomethane projects from sugarcane residues, starting with the Vale do Tijuco Project, located in the Triângulo Mineiro region of Minas Gerais. The initiative aims to supply competitive, low-carbon natural gas to local industries and transport sectors, contributing to Brazil’s broader energy transition. CMAA is a leading Brazilian agribusiness company specializing in the production of sugar, ethanol, and bioelectricity. With operations concentrated in the Triângulo Mineiro region, CMAA has the capacity to process over 10 million tons of sugarcane annually, making it a key player in Brazil's bioeconomy. GEOMIT is a joint venture established in April 2024 between Mitsui Gás e Energia do Brasil (Mitsui Gás) and Geo bio gas&carbon (Geo). GEOMIT combines Mitsui Gás’s unparalleled presence in Brazil’s gas infrastructure — as a direct and indirect shareholder in 13 local gas distribution companies — with Geo’s proprietary and innovative biogas technologies, developed to efficiently convert solid and liquid agribusiness residues into high-quality biomethane. This collaboration will focus on valorizing organic residues such as vinasse, filter cake, and bagasse, transforming them into clean energy through an advanced and sustainable anaerobic digestion process. The resulting biomethane will help diversify the energy mix in Minas Gerais, reduce greenhouse gas emissions, and support the sustainable growth of Brazil’s agribusiness sector. The MOU represents a shared commitment to promoting the circular economy, creating local jobs, and scaling up renewable gas solutions across Brazil’s major sugarcane-producing regions. For further information, please contact: GEOMIT Email: ruy.barata@agenciafr.com.br Phone: +55 11 97108-0988 CMAA Email: Isabella.magri@cmaa.ind.br Phone: +55 34 9830-3248
23 de abril de 2025
A GEOMIT e a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA) assinaram um Memorando de Entendimento (MOU) para desenvolver conjuntamente projetos de biogás e biometano em escala comercial a partir de resíduos da cana-de-açúcar.
Geo no prêmio MasterCana
22 de outubro de 2024
Em uma cerimônia de grande prestígio, a Geo Bio Gas & Carbon foi reconhecida no MasterCana Brasil & Award 2024, uma das premiações mais renomadas e respeitadas do setor sucroenergético. O evento, que celebra as inovações e conquistas do setor, reconheceu a Geo por seu trabalho pioneiro e comprometido com soluções sustentáveis no mercado de biogás e biometano. Maurício Baldi, Diretor de Sucro e Engenharia, e Renato Barnabé, Diretor Financeiro, representaram a empresa na premiação, recebendo o prêmio em nome de toda a equipe. O MasterCana Brasil & Award é uma referência para o setor, premiando as empresas que se destacam pela excelência operacional, inovação tecnológica e contribuição significativa para o desenvolvimento do setor sucroenergético. A Geo Bio Gas & Carbon, especializada na produção de biogás e biometano, foi reconhecida por sua atuação estratégica, que não só impulsiona a sustentabilidade, mas também promove a evolução do mercado de energia renovável no Brasil. Este prêmio é um reflexo do compromisso contínuo da empresa com a sustentabilidade e a inovação. A Geo tem se destacado por investir em soluções tecnológicas de ponta, como o desenvolvimento de projetos inovadores para a produção de biogás e biometano a partir de resíduos orgânicos. Essas soluções não apenas contribuem para a descarbonização e redução de gases de efeito estufa, mas também estão revolucionando o setor energético, fornecendo alternativas mais limpas e eficientes de geração de energia. A importância desse reconhecimento vai além do prêmio em si, pois reforça o papel da Geo como uma das líderes no mercado de biocombustíveis e energia renovável no Brasil. O prêmio destaca o impacto positivo da empresa no setor, que é refletido em sua contribuição para a evolução do mercado de biogás e biometano, setores fundamentais para a transição energética do país. Com a crescente demanda por fontes de energia mais limpas e sustentáveis, a Geo tem se posicionado como um exemplo de como inovação, responsabilidade ambiental e compromisso com a qualidade podem gerar resultados excepcionais. O MasterCana Brasil & Award 2024 é a confirmação de que a Geo está no caminho certo, impulsionando mudanças significativas no setor e impactando positivamente a indústria de energia renovável. A Geo segue firme em sua missão de promover um futuro mais sustentável, com foco na transformação do mercado de biogás e biometano, e continuará trabalhando em novas soluções que contribuem para a descarbonização e para o desenvolvimento de tecnologias que beneficiem a sociedade e o meio ambiente. O prêmio é, sem dúvida, um marco importante na história da empresa, que segue sua trajetória de sucesso e crescimento, com o objetivo de se consolidar como referência mundial em energia limpa e renovável.
Foto tanques
Por Agência Senado 10 de outubro de 2024
Foi sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, com vetos, a Lei 14.993, de 2024, que regulamenta e cria programas de incentivo à produção e ao uso de combustíveis sustentáveis, como o diesel verde e o biometano, conhecidos como combustíveis do futuro. A publicação consta na edição de quarta-feira (9) do Diário Oficial da União. Entre outras medidas, a nova legislação também altera os percentuais de mistura de etanol na gasolina, que passará a ter um mínimo de 22% do biocombustível, podendo chegar a até 35%. O PL 528/2020, que originou a norma, foi aprovado no Senado em setembro, na forma de um substitutivo apresentado pelo relator, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Biodiesel De acordo com a lei, o novo percentual de mistura de etanol à gasolina será de 27%, com variação entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, de 18% de etanol. O biodiesel poderá ser acrescentado ao diesel derivado de petróleo em um ponto percentual de mistura anualmente a partir de março de 2025 até atingir 20% em março de 2030. Caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) definir o percentual da mistura, que poderá ficar entre 13% e 25%. Desde março deste ano, o biodiesel é misturado ao diesel de origem fóssil no percentual de 14%. A adição voluntária de biodiesel em percentual superior ao fixado será permitida para transporte público, transporte ferroviário, navegação interior e marítima, frotas cativas, equipamentos e veículos usados em extração mineral e geração de energia elétrica, além de tratores e maquinários usados na agricultura. Mas a alteração deverá ser informada à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Dióxido de carbono Outra novidade em relação à matriz energética atual é que a ANP vai regular e fiscalizar os combustíveis sintéticos, produzidos a partir de rotas tecnológicas, a exemplo de processos termoquímicos e catalíticos, e que podem substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil. O texto também incumbe a ANP de regular a atividade da indústria da estocagem geológica de dióxido de carbono e autoriza a Petrobras a atuar nas atividades relacionadas à movimentação e estocagem de dióxido de carbono, à de transição energética e à de economia de baixo carbono. Empresas autorizadas pelo poder público poderão realizar atividades de movimentação, captura e estocagem geológica de gás carbônico. A estocagem será exercida por meio de contrato de permissão por prazo de até 30 anos, renovável por igual período se cumpridas as condicionantes. As empresas que realizarem captura e estocagem geológica de gás carbônico deverão seguir diretrizes diversas, tais como: Segurança e eficácia do armazenamento; Suporte à realização de auditorias e fiscalização; Eficiência e sustentabilidade econômicas; Adoção de técnicas segundo melhores práticas da indústria e considerar as peculiaridades locais e regionais; Integração de infraestruturas, serviços e informações geológicas e geofísicas para a gestão eficiente dos recursos naturais envolvidos nessa atividade. Todas as atividades serão reguladas e fiscalizadas pela ANP, até mesmo o encerramento das atividades de injeção de dióxido de carbono e o monitoramento pós-fechamento do local. Diesel verde Quanto ao Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV), o CNPE fixará, a cada ano, a quantidade mínima de diesel verde a ser adicionado ao diesel vendido ao consumidor final. Para definir o volume mínimo na mistura, o conselho deverá analisar as condições de oferta de diesel verde, incluídas a disponibilidade de matéria-prima, a capacidade e a localização da produção, o impacto da participação mínima obrigatória no preço ao consumidor final, e a competitividade nos mercados internacionais do diesel verde produzido no Brasil. O diesel verde costuma ser confundido com o biodiesel, que também é um combustível limpo, mas com propriedades distintas. O biodiesel é um éster de ácidos graxos, obtido a partir da reação de óleos ou gorduras com um álcool. Já o diesel verde, apesar de também ser obtido a partir de óleos ou gorduras, é um hidrocarboneto parafínico produzido a partir de diversas rotas tecnológicas, como hidrotratamento de óleo vegetal e animal, e que pode ser utilizado em motores do ciclo diesel sem adaptações. O diesel verde ainda não é produzido no Brasil. A primeira biorrefinaria desse combustível está sendo construída em Manaus e tem previsão para início de operação em 2025. Aviação Por meio do Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (Probioqav), a lei também incentiva a pesquisa, a produção e a adição no querosene das aeronaves do chamado combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). Em 2027 e 2028, as companhias aéreas deverão diminuir a emissão de gases do efeito estufa em no mínimo 1% ao ano. A partir de 2029, a meta de redução aumenta um ponto percentual anualmente até 2037, quando deverá atingir pelo menos 10%. A redução da emissão de gases de efeito estufa poderá ser feita por meio da mistura do SAF ao combustível regular da aviação ou por outros meios alternativos. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) poderá dispensar da obrigação empresas sem acesso ao combustível sustentável nos aeroportos que operam. Biometano O texto cria ainda o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano, para incentivar a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso do biometano e do biogás na matriz energética brasileira. O CNPE definirá metas anuais para redução da emissão de gases do efeito estufa pelo setor de gás natural por meio do uso do biometano. A meta entrará em vigor em janeiro de 2026, com valor inicial de 1% e não poderá ultrapassar 10%. A redução de emissões poderá ser comprovada pela compra ou utilização de biometano ou pela compra de um Certificado de Garantia de Origem de Biometano (CGOB), de livre negociação e emitido pelos produtores ou importadores desse produto. Companhias que não cumprirem a meta anual estão sujeitas ao pagamento de multa, que pode variar entre R$ 100 mil e R$ 50 milhões. Pequenos produtores e pequenos importadores de gás natural estão excluídos da obrigação. Vetos O presidente Lula vetou os trechos que tratavam das diferenças entre critérios contábeis que poderiam impactar a arrecadação. Também foram retirados os artigos sobre a compra de biometano por comercializadores e importadores de gás natural e sobre a regulamentação de atividades de captura e armazenamento de dióxido de carbono. Um dos artigos vetados foi o 24, que tratava da forma de tributação do CGOB. O trecho dizia que eventuais diferenças decorrentes dos métodos e dos critérios contábeis previstos na legislação comercial em relação às situações estabelecidas na Lei dos Combustíveis do Futuro não teriam efeito na apuração de tributos federais. O veto se deu a partir do entendimento contrário dos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia. Ambos afirmaram que o texto causaria insegurança jurídica pela sobreposição com o que está previsto na Lei 12.973, de 2014. Outros dois pontos vetados pelo presidente da República definiam diretrizes para a aquisição de biometano por comercializadores e importadores de gás natural para assegurar o cumprimento da adição de biometano ao gás natural, além da regulação e autorização das atividades relacionadas à captura e à estocagem geológica de dióxido de carbono. Agora, os vetos presidenciais serão enviados para a análise do Congresso Nacional. No Parlamento, os congressistas podem manter ou derrubar os vetos, com a manutenção do texto original aprovado anteriormente. Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado) Fonte: Agência Senado
Leia mais